No mundo empresarial, especialmente para micro e pequenas empresas, o acesso ao crédito pode ser um desafio significativo.

É aqui que entra em cena o factoring, ou fomento mercantil, uma estratégia financeira, cada vez mais popular, para auxiliar negócios que precisam de capital de giro rápido e eficiente.

Esse tipo de fomento contribui diretamente para o empreendedor conseguir ajustar suas contas. Neste artigo, exploraremos o que é factoring, como funciona e os diferentes tipos existentes, fornecendo compreensão abrangente dessa ferramenta valiosa para empreendedores. Vem com a gente!

O que é factoring?

Factoring, faturização ou fomento mercantil é uma operação financeira em que uma empresa negocia seus recebimentos a prazo (antecipação de direitos creditórios) para receber um valor à vista e se capitalizar no mercado.

Em termos simples, factoring é uma prática na qual uma empresa vende suas faturas ou recebíveis a uma instituição financeira conhecida como fator.

Em troca, recebe uma quantia adiantada, geralmente uma porcentagem do valor total das faturas, proporcionando-lhe acesso imediato ao capital que, de outra forma, estaria vinculado a prazos de pagamento mais longos.

Imagine que uma micro ou pequena empresa não consegue se sustentar por conta própria se não receber dos clientes. Para garantir o bom funcionamento do negócio no intervalo entre a venda e o retorno do dinheiro, pode optar pela faturização, com antecipação de recebíveis.

Qual o objetivo do factoring?

A Associação Nacional de Fomento Comercial (ANFAC) atua na construção de um marco regulatório com base nas experiências obtidas no mercado. Ela visa manter a estabilidade institucional e a segurança jurídico-operacional, para evitar conflitos de interesses e garantir o nível de profissionalismo da atividade.

Além disso, o factoring também busca:

- Difundir e valorizar o fomento mercantil como atividade geradora de riqueza;

- Estimular o desenvolvimento e o aprimoramento tecnológico do fomento mercantil, buscando difundi-lo no segmento das pequenas e médias empresas, por meio de cursos e seminários;

- Celebrar acordos e convênios de colaboração técnica ou de prestação de serviços com entidades públicas, ou privadas;

- Firmar alianças e parcerias de interesse, além de defender os interesses das empresas associadas;

- Orientar e preservar o segmento do fomento mercantil na legalidade.

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Como funciona o factoring?

O processo de factoring é relativamente simples. Primeiro, a empresa vende seus recebíveis pendentes ao fator (agência de fomento). Em seguida, o fator avalia o risco associado a essas faturas e oferece à empresa um adiantamento, geralmente entre 70% e 90% do valor total das faturas.

Quando os clientes pagam as faturas, o fator deduz suas taxas e repassa o valor restante à empresa, encerrando, assim, a transação. Ressalta-se que é necessária a assinatura de um contrato de fomento mercantil entre a empresa interessada e a fator.

Factoring é legal? Entenda o que diz a lei

Como o fomento mercantil é uma operação oferecida por agências de fomento que não se configuram como instituições financeiras, ainda não existe uma lei específica que regulamente o factoring no Brasil.

Entretanto, a ANFAC vem construindo um marco regulatório se baseando em experiências mercadológicas e garantindo o profissionalismo para evitar conflitos de interesses na atividade.

Vale ficar atento a um ponto — tramita na Câmara dos Deputados, o PL 3615/2000, projeto de lei que visa regulamentar a atividade, estabelecendo conceitos essenciais para esse tipo de negócio.

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Tipos de factoring

Existem diferentes tipos de factoring, adaptados às necessidades específicas de cada empresa. Confira a seguir!

1- Factoring Convencional

A agência de fomento adquire os direitos creditórios de uma empresa. Ou seja, compra a duplicata de uma venda a prazo e transfere um valor à vista, na chamada antecipação de recebíveis. Nesse tipo, o fator assume o controle total do gerenciamento das faturas, incluindo a cobrança dos clientes.

2- Factoring Maturity

O maturity é o caso em que a empresa fator se torna responsável pela administração de contas a pagar e a receber. Na prática, o empreendedor escolhe terceirizar o setor administrativo.

3- Factoring Exportação

Destinado a empresas envolvidas em comércio internacional, esse tipo de factoring lida com faturas relacionadas a exportações.

Em um processo de exportação, é possível contar com duas agências de fomento, uma em cada país, intermediando as operações de comércio exterior. O foco nessa modalidade é garantir a rapidez e a eficácia das exportações.

4- Matéria-prima

O fomento mercantil de matéria-prima existe para os casos em que a empresa não tem dinheiro à vista para pagar o fornecedor.

Imagine que você tem uma agência de fomento e seu melhor amigo tem uma empresa que fabrica portões. Ele precisa comprar minério de ferro, mas não tem capital suficiente.

Sua fator entra na jogada e compra a matéria-prima para o negócio do seu amigo. Assim que ele tiver lucro com a produção e a venda dos portões, devolverá o capital para sua agência de fomento.

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Vantagens e desvantagens do factoring para sua empresa

O factoring oferece uma série de benefícios significativos para micro e pequenas empresas, sendo o principal possibilitar, pela antecipação de recebíveis, que elas alavanquem o negócio, mesmo sem capital de giro.

Diante disso, podemos apontar algumas vantagens desse serviço para a empresa que o contrata, tais como:

- Transferência do risco de inadimplência, no caso da modalidade sem recursos;

- Fortalecimento do fluxo de capital de giro e, consequentemente, maior facilidade de pagamento dos gastos de manutenção da empresa;

- Maior disponibilidade dos profissionais para atuar em temas relevantes para a empresa, quando a atividade envolve também a gestão financeira;

- Possibilidade de negociar prazos maiores para os clientes, o que pode se traduzir em maior competitividade empresarial e fidelização da clientela;

- Facilitação na compra de matéria-prima, o que traz impactos positivos no rendimento da empresa e em sua continuidade.

No entanto, ao pensarmos em faturização, veremos um risco substancial, que pode ser encarado como desvantagem. A maior desvantagem de contar com o serviço de fomento é o risco ao caixa da empresa.

Empreendedores mais inexperientes podem esquecer que o valor adiantado não aparecerá no mês seguinte. A ausência do planejamento pode ocasionar desequilíbrio financeiro, o que é especialmente grave para os negócios de micro e pequeno porte.

Soma-se a isso a possibilidade de o empresário não conseguir créditos empresariais diante da falta de planejamento.

Portanto, mesmo que a faturização seja uma alternativa interessante focada na continuidade dos negócios, é fundamental ter alguns cuidados na hora de aderir ao serviço.

O passo a passo para conseguir o serviço

Tudo começa com um contrato entre um empreendedor (empresa fomentada ou aderente) e uma agência de fomento mercantil. Mas, até chegar nesse ponto, é preciso entender algumas questões. Veja as etapas:

1- Fazer um cadastro na empresa, momento em que será feita uma análise do seu perfil de crédito;

2- Enviar os títulos que deseja antecipar;

3- Avaliar a proposta da empresa de fomento, especialmente os custos envolvidos na operação;

4- Assinar as duplicatas e um contrato para receber antecipadamente o valor.

Por fim, vale mencionar que a relação entre as empresas fator e aderente só se encerra com a devida quitação do montante da obrigação.

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